no findo fundo
de seu relógio sisudo
ela guardava alguns segundos
pra perder comigo
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
terça-feira, 18 de novembro de 2014
para Manoel de Barros
foi de tanto habitar passarinhos
que eu cantei desde cedo
ao pé da figueira
sombra de minha infância
foi de tanto inventar descaminhos
que descobri por mim mesmo
os trilhos e outros inutensílios
sem importância
foi de tanto encontrar nos meus filhos
a resposta para o que há
de mais complexo
em nossa existência
que eu me rendi à inocência
de deixar acontecer
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
era uma vez...um poema
era uma vez um louco
que vivia de aparências
e bebia por urgências
que é melhor nem comentar
era uma vez um sonho
que morria pelas beiras
e esperava as sextas-feiras
para enfim se libertar
era uma vez o pouco
acusado de ser muito
apontado por afoito
aclamado por ser único
que vivia de aparências
e bebia por urgências
que é melhor nem comentar
era uma vez um sonho
que morria pelas beiras
e esperava as sextas-feiras
para enfim se libertar
era uma vez o pouco
acusado de ser muito
apontado por afoito
aclamado por ser único
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
chuva fina
não fosse a chuva
fim da linha
solidão
seria a brisa
minha língua
no teu dorso
não fosse o coro
da plateia
multidão
seria o fim
dos nossos dias
no almoço
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