quarta-feira, 27 de abril de 2016

termômetro

debaixo das cobertas
teu corpo de pedra
procura às cegas
uma fonte de calor
debaixo deste mesmo teto
de sonhos complexos
ferro e concreto
o frio condutor 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

desencanto

enquanto chove
sua vida escorre
pelo espelho
os erros embaçam
maus pensamentos
e torna-los acertos
não será nada fácil

a solidão às vezes
grita nos ouvidos
e o silêncio bate à porta
à procura de abrigo
onde o vento não ecoa
o passado não perdoa
e o futuro é um castigo 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

é tarde

de onde vem essa voz?
pra guiar meus passos
e questionar acertos
dentro de um jogo comprado

o futuro está imposto
nas páginas de um livro
escrito por um louco, morto
por levar risco a sociedade

flashes de liberdade
ganham o céu, o mar, o espaço
pois debaixo do que é imposto
poucos podem ver as grades

de onde vem essa voz?
pra me dizer que é tarde