a chuva alaga
teus poros fechados
e o esgoto propaga
a febre dos ratos
há canos furados
debaixo do asfalto
telhados de vidro
trovões, estilhaços
o resto é mercado
interesse, política
o caos instalado
quinhentas mil vítimas
a chuva apaga
teu nome do chão
e os dias se passam
não há solução