quarta-feira, 28 de julho de 2010

Frio enquadrado


Ruas cobertas de umidade,
Trasvestidas de neblina e de silêncio.
É madrugada, inverno de julho,
A arquitetura de Satolep se incorpora às sensações.

Vozes mudas na praça central,
Sensações noturnas além do bem e do mal.
Vultos ocultos, sombras,
Que a noite escura deixa de herança.

O cachorro de rua olha para o nada,
Alguns passantes, apenas passam.
Os prédios antigos carregados de história.
O relógio do Mercado, um minuto atrasado.

O frio em preto e branco naquele retrato de parede,
Ganhou ares de tristeza quando perdeu a razão de ser.

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