sábado, 13 de setembro de 2014

solo de trompete

vivo por conta de um acaso destino
sobrevivo sob as garras de um algoz predador
respiro com a certeza de não estar sozinho
caminho sempre o lado do meu temor

carrego nos ombros escombros de histórias
dirijo a minha vida com ficção
não fico pendurado em doces memórias
nem trato o futuro como uma opção

o meu mundo está no agora que se repete
na esquina que muda a cada segundo
na beleza de um solo de trompete
e na incerteza do olhar de um vagabundo

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