terça-feira, 24 de março de 2015

olho da rua

o olho da rua
não vê o menino
que dorme sozinho
no frio do abandono
a boca da noite
mastiga sua vida
engole as saídas
e cospe seus sonhos
o olho da rua
não pisca pra sorte
não chora com a morte
não fecha na esquina
é olho da rua
por olho de gente
que segue passando
pisando por cima

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