terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

No lado de fora



Peixes no aquário
Mundo sem reflexo
O tempo do não espelho
Máscaras perigosas demais

Cápsulas que resolvem quase tudo
Por que o tudo quase sempre é nada
E quase nada é muito
Pra quem sobrevive das circunstâncias do dia a dia

Tudo tão artificial
Bomba de oxigênio, ar condicionado,
Dinheiro de plástico, bala de borracha,
Bola de cristal, doses de efeito moral

Mas que moral?

Eu caminho sem observar as vitrines
Encontro amigos jogados pelos cantos
Empilhados em apartamentos que não respiram

No semáforo, eu me sinto um peixe fora d’água

Um comentário:

  1. Tenho visto muito as coisas assim ultimamente... E sempre penso: "respira fundo e vai..."

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