segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Frioo

Foto: Paola Brum

O frio do azul
Hora vem de mim
Hora sobe o sul
Rompendo as frestas do que importa
Pegando carona no vento
Cruzando esquinas e portas
Girando moinhos e cataventos
Dentro da história
Que cada um carrega consigo

Há uma trilha que leva ao rio
Cristalino por natureza
Poluído pela sociedade organizada
Que deságua no mar comum
Aos sonhos de um pescador qualquer
Por culpa da gravidade
Por culpa dos senhores sem vontade
Que venderam suas almas
Por dinheiro de papel

O frio que sinto
Vem dos corações gelados
Cristalizados por sentimentos
Com data de validade
Vem dos valores atribuídos
Ao dito ser humano desta sociedade
Que caminha para a sua cova
Deixando um rastro de destruição
E poluição por conta da sua racionalidade!

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