foto: Raul Garré |
Na esquina
Um pouco embriagado
Vendo tua janela de dentro do carro
Não consigo pensar
Nem um pouco em mim
Queria te falar
Tenho dois presentes pra te dar
Mas esse nó na garganta
E essa impotência repentina
Vieram me atordoar
Mais um gole
Outro porre de incertezas
E essa ressaca de vida vazia
Que nem mesmo o fim do dia
Podem vir a curar
Os carros passam
A vida segue congestionada
Cheia de nada
Morta e viva
Início do fim
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