Foto: Alberto Blank |
Encontrei um passarinho
Selvagem
Cantante
Tão lindo
Suas penas eram finas
Seu voar era elegante
A natureza é realmente algo fascinante
Num momento de vacilo
O ego primo-irmão do egoísmo
Quis detê-lo
E roubá-lo para mim
Mas a liberdade faz parte da sua beleza
E aquele lampejo de fraqueza
Libertou-se das minhas intenções
Voa passarinho, voa...
Os dias passaram
E por um desses acasos da vida
Eu vi o passarinho preso numa gaiola
Com um semblante diferente
Seu canto virou lamento
Seus olhos brilharam por me ver
Mas nada pude fazer naquele momento
Os alçapões são armadilhas
E os perigos são escolhas nessa vida
Que cada um assume para si
Espero ver novamente o vôo do passarinho
Que ele possa voar livre
Que ele possa voar pleno
Que ele ao menos torne a voar!
A escolha de não fechar o passarinho é honrosa, deixando, claro está, a possibilidade que outro o venha a guardar na gaiola...
ResponderExcluirBelos versos. Ternos e sofridos.
Obrigado pelo comentário e por tuas palavras! Seja sempre bem vinda!!!
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