quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Voa passarinho, voa

Foto: Alberto Blank

Encontrei um passarinho
Selvagem
Cantante
Tão lindo
Suas penas eram finas
Seu voar era elegante
A natureza é realmente algo fascinante

Num momento de vacilo
O ego primo-irmão do egoísmo
Quis detê-lo
E roubá-lo para mim
Mas a liberdade faz parte da sua beleza
E aquele lampejo de fraqueza
Libertou-se das minhas intenções

Voa passarinho, voa...

Os dias passaram
E por um desses acasos da vida
Eu vi o passarinho preso numa gaiola
Com um semblante diferente
Seu canto virou lamento
Seus olhos brilharam por me ver
Mas nada pude fazer naquele momento

Os alçapões são armadilhas
E os perigos são escolhas nessa vida
Que cada um assume para si
Espero ver novamente o vôo do passarinho
Que ele possa voar livre
Que ele possa voar pleno
Que ele ao menos torne a voar!

2 comentários:

  1. A escolha de não fechar o passarinho é honrosa, deixando, claro está, a possibilidade que outro o venha a guardar na gaiola...
    Belos versos. Ternos e sofridos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário e por tuas palavras! Seja sempre bem vinda!!!

      Excluir