Foto: Alexandre Neutzling |
Quando tu voltares
Se é que vais voltar...
Por favor
Esqueça aquelas palavras trêmulas
Que escrevi pra tentar entender
E não te dei
Naquele surrado guardanapo de papel
Bem como os dias de sol
E de solidão
Que foram se acumulando sobre os ombros
E que depois pendurados em paredes tênues
Por incertezas vivas
Aos poucos deixaram de me pertencer
Por conta desse outro alguém
Quando tu voltares
Não penses que vais me encontrar
Com o mesmo sorriso estancado na cara
Saibas que por conta de tudo
E de todos
Eu também deixei de ser.
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