Foto: Alexandre Neutzling |
Ao julgar pelas folhas
Que jogadas ao outono
Vão se espalhando pelas ruas
Acumulando-se como por abandono
Pelos cordões das calçadas
E nos canteiros das avenidas
Até serem varridas pelos garis
Quando assim o vento permite
Ao observar a água do rio
Descendo pelas encostas
Fazendo cachoeiras
E voltas
Cumprindo o seu itinerário
Rodeada pelo verde da pureza
Pelos cantos que provém da natureza
Até encontrar o mar e o sal
Fico a imaginar o destino de um poema
Jogado ao papel
Depois numa tela digital
Espalhando-se pelas redes sociais
Escorrendo através da sensibilidade das pessoas
Arriscando-se em virar lixo seco ou virtual
Para quem sabe numa última instância
Subir ao céu de alguém.
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