Foto: Raul Garré |
O céu está cinza
Uma massa de ar frio
Acaba de entrar no estado
E te trazer até mim
Com as mãos geladas
Os pés congelados
Enfim
Meia
Meia calça
Calça
Segunda pele
Quatro mangas
Um casaco
E um cachecol
Ainda trêmula, procura o sol
Diz estar dormente
Que não sente
Que não vê a hora do verão voltar
E se livrar daquelas roupas
E de todo o frio
Que castiga o seu sono
Nas noites solitárias sem dormir
Deitamos um pouco
Seu corpo
Logo ganhou calor do meu
Depois de uns beijos
De palavras e de desejos confidenciados
Ela jogou o edredom no chão
Pediu pra desligar o ar condicionado e falou:
- Que calor!
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