quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Flagra


De tanto cruzar a esquina
A toa como um cão sarnento
Não é que encontrei o vento
Avesso àquela menina

Talvez seja a minha sina
Um pouco de sofrimento
Jogado mudo ao relento
Pra depois voltar por cima

Um sopro quase em silêncio
Um corpo todo em evidência
Um segundo pra chegar à lua

No outro lado da rua
Um desvestido ar de clemência
E a cara da beleza nua.

2 comentários:

  1. Olá, Daniel!
    Você "construiu" um belo poema sobre uma foto mundialmente conhecida.
    Abraços.
    Maria Emília

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  2. Oi Maria, na verdade eu escrevi o poema e quando terminei lembrei da Marilyn e fui buscar a imagem! Obrigado pela visita e pelo comentário! Um abraço, Daniel

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