Foto: Daniel Giannechini |
Sobre a mesa de luz
Um velho caderno de rascunhos
Escrito a punho
E suas histórias
Para muitos ele não tem valor algum
Pois ali estão apenas
Riscos
Rabiscos
Garranchos quase ilegíveis
Caminhos impossíveis que foram se desbravando
A partir de linhas retas
E da tinta azul da caneta esferográfica
Imersa na inspiração efêmera
Que pariu cada letra ali disposta
E se poemas são mesmo
A tradução dos sentimentos do poeta
Em signos do alfabeto
Aquele velho caderno de rascunhos
Conta um pouco da minha história recente
E expõe as minhas vísceras em códigos
Que um dia eu soube decifrar.
O poeta é capaz de gemer e chorar sem sentir uma dor que seja.
ResponderExcluirBeijos!!
"O poeta é um fingidor.
ExcluirFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente..."
Já bem disse o genial Fernando Pessoa! :)