quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ver e ouvir

Foto: Rodrigo Elste

Hoje eu pude ver e ouvir o vento
Atravessando as folhas de uma árvore
Foi logo depois do meio dia
Sob o sol da primavera
Durante aquele pequeno instante
Não soube ao certo
Quem eu era
Se vítima daquela cena tão comum
Para muitos
Ou se testemunha de um fato relevante
Para alguns habitantes
Do planeta terra
O todo é heterogêneo
O pouco até pode ser comum
Mas não reflete da mesma forma
Diante do mesmo espelho
É preciso dizer
É preciso oportunidade para ser ouvido
Mesmo sem saber o que irá acontecer
Eu digo e repito
O amor nasce no coração de poucos
A razão acaba com alguns
A vida sem sentido termina com os outros
Salvam-se
Os artistas, os poetas, os suicidas
E os loucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário